Petr Cech e Artur: nem todos os romances duram uma vida
Petr Cech é agora o n.º 2 na baliza do Chelsea |
Já não se respeita atempadamento os mais velhos porque hoje os jovens quase não tem tempo de o ser. O vigor dos vinte e poucos acelera a erosão do trintão. Especialmente quando estamos a falar de Courtois e Cech. Ou Oblak e o coitado do Artur. Deus o salve, que Jesus não está para isso! Contrariamente ao homem-bomba brasileiro, o rendimento de Cech não sofre grande contestação, apesar de, por esta altura, não ter fôlego para competir com a séria candidatura de Courtois ao título de guarda-redes da década. Os papéis para o concurso estão entregues, e José Mourinho rubricou a assinatura em concordância. Não podia ser de outra forma quando estamos a falar de um jogador que tanto promete por entre tamanha certeza.
Em Madrid, contrariamente ao registado em Londres, estão sempre a chegar profissionais da fotografia. Por mais que Casillas a borre, há sempre um perito em 'photoshop' para retocar a imagem do guarda-redes espanhol e manter a sua reputação intacta. Não são capazes de tratar Casillas como Cech é tratado, pese o aporte significativo que a contratação de Keylor Navas garante. O clube do século não podia, não queria, estar associado a um 'downsizing' meramente baseado nos requisitos técnicos. Como podia, depois de desvirtuar tanto a equipa com as vendas de Xabi Alonso e Di Maria? Como em tudo, o equilíbrio é importante. Lamentavelmente, a balança oscila sempre equivocadamente.
A esperança não se esgotou para Cech. Há mais cantos da coruja para conservar imaculados. Não há motivos para o colosso de Pilsen se sentir desolado. Paulo Halm advoga que os romances duram apenas prazerosos noventa minutos. O de Cech durou dez anos. Não fiques triste porque acabou, sorri porque aconteceu, certo?
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