O alfaiate português de Peter Lim

É aqui que entra Nuno Espírito Santo. Ferramenta de (Lim)peza, e auxiliar de uma continuidade, sempre abonatória das boas, mas sobretudo sensatas, ambições de um megalómano asiático. O objectivo, por agora, não passa por conquistar 'La Liga', mas sim o Mestalla. Secundado por dois animais de balneário - Ayala e Rufete - o técnico português teve a inteligência de não fugir ao modelo implantado de preferência em Espanha: contra-ataque vertiginoso, alicerçado numa organização defensiva exemplar. Mas as virtudes de Nuno não se esgotam na compreensão do jogo. Quando Nico Párejo, capitão do Valência, entrega a bola a Rodrigo para este bater o penalti de que resultaria o último golo da partida, diante do Getafe, está atestado um dos principais trabalhos de Nuno. Se forem uma equipa, a entre-ajuda torna-se um prazer. Se forem uma equipa, frustram milhares de apostadores que esperavam encher os bolsos à custa de uma aposta ofensiva. Se forem uma equipa, estão mais perto da vitória.
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