Manchester United: uma galáxia com dois sóis

Não sei que futuro aguarda o Manchester United, mas basear a sua decisão de despedir José Mourinho, sob o falso pretexto dos resultados, não me parece vindo de uma Direcção que sinta ter uma.

Esta geração é nova para Mourinho. Na forma como necessita de auto-validação nas inúmeras redes sociais que os alberga. Com ênfase em Paul Pogba, claro está, um ególatra desmedido, que parece viver no seu próprio planeta. E poderá um dia tê-lo. Mas até o 'Planeta Zlatan', antes de ter a dimensão espiritual que hoje tem, teve antes que se sujeitar a lidar com as dificuldades de quem, afinal, não sabia tudo.

Ibrahimovic recordou isso recentemente, ao relembrar a chegada a Turim, para representar a Juventus: "Tinha a bola nos pés e de repente tenho o Thuram, mais o Cannavaro à minha frente antes de chegar à baliza. Se os ultrapassasse, tinha à minha espera o Buffon! Isto abriu-me os olhos. Só podemos aspirar a ser os melhores, se antes aprendermos a derrotar os melhores. Consistentemente."

Paul Pogba é campeão do mundo, numa idade em que, teoricamente e dado o seu estilo, atingirá o seu máximo potencial (que é estrondoso; com a mentalidade certa, pode facilmente ser o melhor naquela posição), dentro de dois/três,  mas o brilho de um couro cabeludo oxigenado não se compara à do cinza prateado da experiência de Mourinho.

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