Humam Tariq (Iraque): os novos soldados do Golfo Pérsico fazem mais do que disparar
Não há fórmulas mágicas aptas a criar o protótipo capaz de reencarnar, depois, no futebolista perfeito. Mas há potencial para isso. Vemos isso em qualquer torneio juvenil. "Se limasse aquela lacuna, se encurtasse a finta demasiado longa", pensamos. Humam Tariq, iraquiano de apenas 19 anos, acentua e renova a sensação. Nervos de aço, perseverante e resoluto. Ah, e carradas de talento. A narrativa do médio - hoje a maior promessa da estratégia federativa futebolística iraquiana para sair da sombra bélica onde se encontra - começou a ser contada ao mundo em 2013, irremediavelmente interessado em heróis improváveis. Presença hercúlea no Mundial de sub-20, disputado na Turquia e onde só caiu nas meias-finais. Montou-se um cenário, infelizmente, habitual naquelas paragens: lágrimas, desespero, mas a admiração de um povo obrigatoriamente indulgente e apenas - pelo menos até aqui e com tendência esperançosamente a inverter-se - propenso a dar à luz filhos da guerra.
Desempenhou um papel fundamental na vitória iraquiana na 22ª edição da Copa do Golfo, apesar de cada jogo de Tariq pelo Iraque se transformar num quebra-cabeças para qualquer caçador de talentos. Foi usado como último estafeta do avançado iraquiano (posicionamento mais frequente); arregaçou as mangas e ligou o dínamo na potência máxima diante da Tunísia (amigável), mas também já foi o cão perseguidor do gato esquivo e entusiasmante que é Omar Abdul-Rahman (EAU) naquela final que uniu a elite do Golfo Pérsico. Com uma curiosidade à mistura: nessa partida percorreu 16km. O quilómetro que lhe falta dar terá de ser mais ponderado e menos impetuoso que o jogo que realizou diante da estrela dos Emirados Árabes Unidos e passa, naturalmente, por uma tangente à Europa.
Além do talento posto em todas as acções, não há linearidade nas características que definem o papel de Humam dentro do terreno de jogo. É vertical mas, num sentido lato do termo, contemplativamente acelerado quando cai em zonas de servir o homem melhor colocado para finalizar. Apesar da impossibilidade actual em definir Humam Tariq, é-se-lhe possível gabar a excelsa recepção de bola, superior noção táctica e a capacidade superior de decidir se continua preso à linha onde acorrentam o seu futebol, ou aproximar-se de zonas que mudem o curso de uma partida.
Longe, portanto, de ser o produto acabado que a imaginação de quem o vê jogar vai trabalhando, Humam está enclausurado naquele espírito voluntarioso que tem/deve acompanhar qualquer jovem. "Onde o mister quiser". A sua fisionomia e jogo afastam-no da linha, mas é a modernidade de flanqueador pouco ortodoxo quem completa a tarefa: Tariq, sem bola, é imaculadamente responsável, mesmo que isso, por vezes, deixe na sombra as suas assombrosas capacidades ofensivas de 'incendiar' os relvados do Golfo Pérsico.
Desempenhou um papel fundamental na vitória iraquiana na 22ª edição da Copa do Golfo, apesar de cada jogo de Tariq pelo Iraque se transformar num quebra-cabeças para qualquer caçador de talentos. Foi usado como último estafeta do avançado iraquiano (posicionamento mais frequente); arregaçou as mangas e ligou o dínamo na potência máxima diante da Tunísia (amigável), mas também já foi o cão perseguidor do gato esquivo e entusiasmante que é Omar Abdul-Rahman (EAU) naquela final que uniu a elite do Golfo Pérsico. Com uma curiosidade à mistura: nessa partida percorreu 16km. O quilómetro que lhe falta dar terá de ser mais ponderado e menos impetuoso que o jogo que realizou diante da estrela dos Emirados Árabes Unidos e passa, naturalmente, por uma tangente à Europa.
Além do talento posto em todas as acções, não há linearidade nas características que definem o papel de Humam dentro do terreno de jogo. É vertical mas, num sentido lato do termo, contemplativamente acelerado quando cai em zonas de servir o homem melhor colocado para finalizar. Apesar da impossibilidade actual em definir Humam Tariq, é-se-lhe possível gabar a excelsa recepção de bola, superior noção táctica e a capacidade superior de decidir se continua preso à linha onde acorrentam o seu futebol, ou aproximar-se de zonas que mudem o curso de uma partida.
Longe, portanto, de ser o produto acabado que a imaginação de quem o vê jogar vai trabalhando, Humam está enclausurado naquele espírito voluntarioso que tem/deve acompanhar qualquer jovem. "Onde o mister quiser". A sua fisionomia e jogo afastam-no da linha, mas é a modernidade de flanqueador pouco ortodoxo quem completa a tarefa: Tariq, sem bola, é imaculadamente responsável, mesmo que isso, por vezes, deixe na sombra as suas assombrosas capacidades ofensivas de 'incendiar' os relvados do Golfo Pérsico.
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