Henry: os maiores ganham sempre a sua banda-desenhada

Acredito num deus supremo, mas sou incapaz de negar a existência dos seus pares. Henry era um deles. Um careca com um ar simpático, mas que durante anos arruinou as molas do sofá da minha mãe quando o via na 'Premier'. Não lhe falta nada no currículo, mas, mais importante do que isso, jogou com a convicção de que não o devemos fazer para ganhar, mas sim para que não se esqueçam de nós. Cavalgava como 'Mr George' (Weah), iludia com a arte do 'Fenómeno', e exibia a frieza de Van Basten diante do guarda-redes adversário. Porque infelizmente - e em última instância - um avançado está condenado à fatalidade dos números. 

A partir daqui, não me atrevo a acrescentar seja o que for sobre o francês. A vida própria das três ilustrações que se seguem encarrega-se disso por mim. Au revoir, 'Titi'!

A formação de ala, no Mónaco, acrescentava profundidade ao seu jogo

Henry era muito imprevisível. Um pesadelo para as defesas contrárias.

A sua técnica apurada de remate é hoje icónica no Arsenal
António Borges


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