Gio Reyna: sprinter luso-americano por trás da besta

O duelo Dortmund-PSG é eclipsado para segundo plano pelo portento Haaland. Que até ao primeiro golo, estava a realizar uma exibição marcada por erros sucessivos. Até nisso padece do poder de quem neste desporto se imortaliza. Podem estar a passar ao lado do jogo, mas sempre estarão aí caso o adversário se deixe levar pela ilusão.

Deste rapaz já tudo se vai escrevendo: tem golos de todos os pés e feitios nesta edição da 'Champions'; quase batia um recorde mundial de sprint em 60 metros, ou ainda que, aqueles genes de locomotiva oxidada advém da mãe, heptatleta consagrada. Há ainda outro registo, divulgado recentemente, que marca o jovem norueguês como o detentor de um record peculiar: em 2006, então com cinco anos, registou a marca de 1,63m num salto em comprimento, tornando-o recordista mundial naquela idade. Suspeito que ainda nos deliciaremos de outras formas com o portento.

Ultrapassado o atordoamento nórdico, ressaltou outro..destinado. Tem que ser. Gio Reyna, filho de Claudio Reyna, o primeiro 'Capitão América' no meio, capitaneando não só os Estados Unidos, mas levando o seu carisma à Bundesliga, onde enverga a braçadeira em Leverkusen e Wolfsburgo.

É deveras complicado destacar apenas uma especialidade em Gio Reyna. Resiliente de corpo e mente, nota-se que confia na explosão do seu arranque. "Genes lusos da mãe", contaria o pai, quando requisitado a dar-nos a conhecer a criação. É assim que esta se apresenta diante do PSG, até que o médio de 17 anos começa a pedir o esférico em zonas inusitadas, alterando o paradigma do meio do Dortmund. que até então, com Can e Witsel, estava mais preocupado em pautar os vai-vens de Hakimi e Guerreiro nos corredores.

Dada a pista, descobrimos que a carteira de talentos do luso-americano não estava esgotada.

Minuto 76', Reyna recebe da defesa num espaço vazio da marcação parisiense, confunde marcações e arranca em velocidade com a bola controlada, até que...já só vemos Haland a dísparar aquele míssil. Quem fornece a ogiva para o canhão é Gio Reyna que, mesmo em velocidade, lê o desatino geral da defesa do PSG, e faz o passe entrar por entre a descompostura dos centrais.

São poucos os momentos do jovem no encontro, mas dentro destes apresenta-nos diversas formas de desbloquear uma partida. Em baixo, um apanhado de todas as intervenções de Gio Reyna diante do PSG:

Gio Reyna - todas as intervenções vs PSG


António Borges
 




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